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25 fevereiro 2011

Crítica: A Rede Social


Título Original: The Social Network
Direção: David Fincher
Duração: 121 minutos
Mais: Filme da Semana

O filme A Rede Social traz em sua história o processo de criação da rede de relacionamento intitulada Facebook, que em apenas sete anos atingiu a incrível quantia de 33 bilhões de dólares e sendo uma ferramenta utilizada por todo planeta. Porém o filme em si não nos remete apenas à criação do Facebook, mas sim à personalidade e trajeto social de seu criador Mark Zuckerberg.

Interpretado por Jesse Eisenberg, o filme nos mostra Zuckerberg como um jovem guiado por seu apego à lógica e que, por esta razão, já surge em cena afastando a namorada por ser completamente incapaz de perceber a sutileza de suas palavras, machucando sem piedade e que por mais que tente evitar isso no decorrer da história acaba repetindo o mesmo erro. Com seu vasto conhecimento em programação (podemos perceber inclusive várias piadas “internas” relacionadas à computação), ele acabada por utilizar desta habilidade expondo em um blog seu sentimento quando ao termino de seu relacionamento e na criação de um site, no qual expõe todas as alunas da universidade em uma votação sobre a preferência dos garotos, fato esse que o coloca em uma situação delicada junto à faculdade. Diante da criação deste site, os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, interpretados por Armie Hammer, convidam Zuckerberg a trabalhar em um projeto de criação de uma rede social exclusiva para os alunos de Harvard, projeto este no qual o protagonista da história passa a participar e que começa a produzir outro site com a idéia inicial dos irmãos e assim tempos depois lançando na rede, junto com seu amigo brasileiro Eduardo Saverin, que podemos tratar como uma grande atuação de Andrew Garfield e que foi bem destaque e essencial para o filme. Diante do lançamento do Facebook, s gêmeos se sentem prejudicados e passam a confrontar Zuckerberg formalmente acusando-o de roubar a idéia que lhe fora apresentada por eles. Com o sucesso do “The Facebook”, a ferramenta passa a ser utilizada em outras Universidades e chega ao conhecimento de Justin Timberlake, que foi representado por Sean Parker, e então procura os “criadores” do site para poder oferecer ajuda para maior divulgação do mesmo. Justin passa a utilizar do lado “inocente” de Zuckerberg e acaba por conseguir afastar Eduardo do projeto, fazendo com que agora Eduardo passe a lutar por seus direitos perante a criação da rede social.

Dono de um raciocínio matemático e sempre dominado por uma inabalável racionalidade, o filme nos mostra Mark Zuckerberg como uma espécie de mistura do Sheldon do seriado “The Big Bang Theory” (fato esse que foi outro ponto positivo para deixar o filme ainda mais nerd) e assim mostrando o protagonista como um quase autista social, características essas muito bem ilustradas por Eisenberg com uma performance marcada pelas falas rápidas e por uma aparente inexpressividade que apenas ressalta o desinteresse de Zuckerberg pelas pessoas de modo geral. Diferentemente de Zuckerberg o filme nos apresenta um personagem totalmente contraditório ao protagonista, que é Eduardo, nos mostrando um jovem simpático e dedicado ao amigo já em sua primeira aparição, porém que não teve a capacidade de enxergar a grande oportunidade de mercado que o Facebook poderia ter e assim facilitando para que Justin conseguisse manipular Zuckerberg e acabasse conseguindo afastar os amigos e Eduardo do projeto.

Baseado no livro de Bem Mezrich, “Bilionários por Acaso – A Criação do Facebook”, o diretor conseguiu concretizar na tela um roteiro muito bem adaptado e que sem sombras de dúvidas deve garantir a premiação como Melhor Roteiro Adaptado. Outra técnica fantástica utilizada pelo cineasta foi à capacidade de sincronizar três tempos diferentes no decorrer da história, tornando o filme bastante lógico e racional (técnica essa excepcional e muito bem utilizada em outras obras dele – David Fincher). O enredo é basicamente estruturado ao redor dos processos legais movidos por Eduardo Saverin e pelos gêmeos Winklevoss e podemos também enxergar alguns fatores engraçados, como por exemplo, Zuckerberg criando alguns dos conceitos que hoje parecem lugar comum em redes sociais, como “status de relacionamento”, além de se destacar por retratar a programação como uma forma de arte ao enfocar o protagonista entregando-se empolgado à escrita das linhas de código ou à resolução de problemas estruturais do site.

O mais carismático no filme A Rede Social foi à capacidade do diretor de nos apresentar Mark Zuckerberg como o “moçinho” ou o “vilão” da história, e ficando assim a cargo do público decidir sobre sua culpa diante dos acontecimentos da história, fato esse que foi mostrado ao não decifrar a personalidade de ser (anti-) herói e pintando um retrato carismático de seu personagem principal. Uma ironia interessante sobre a história é o fato de que Mark Zuckerberg criou e mudou (como colocado no livro) a definição sobre “rede social” e, porém não conseguiu conquistar a confiança de seu melhor amigo e de sua ex-namorada (que não sabemos o que aconteceu após isso).

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